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Informação sobre a comercialização agricola na Província

Data: 22/05/2017

Comentário sobre a comercialização agricola na Província.

Comercialização Agricola na Provincia

A seca que originou a baixa produção na Província foi seguida de chuva que provocou inundações. Assim, apelamos as populações para aproveitarem melhor as condições aumentando as áreas de produção, para ter maior produção e produtividade. E falamos aos nossos produtores não garantir simplesmente a segurança alimentar, mas também comercializar o excedente. Podemos dizer que a produção foi boa, tivemos algumas perdas, pouco menos de 1%. Temos excedente, podemos não ter em todos os locais mas temos excedentes.

Temos como culturas de bandeira para a Província de Gaza o arroz, as hortícolas e a castanha de cajú.

Na castanha de cajú felizmente não temos problema de comercialização. Todo ele é comprado mesmo nos campos ou nos locais de produção.

Temos estado a aumentar a produção do arroz, mas teremos défice de 173 mil toneladas. No passado tivemos défice muito maior, acima de 200 mil a 300 mil toneladas. Agora estamos com um défice de cerca de 173 mil toneladas.

No caso de milho houve muita produção, e estamos com pouco mais de 236 mil toneladas como excedentes.

Nas horticolas também temos excedente. Mais de 350 mil toneladas de horticolas que vamos ter como excedente.

Primeiro é garantir a segurança alimentar. Temos que conservar esses alimentos para que a população possa ter alimentação durante todo ano e comercializar o excedente. Comercializar por forma que seja uma comercialização justa.

Então acaba vindo a nossa responsabilidade como Governo, de garantir que este excedente seja comercializado, e que todos os sectores de agricultura nos Distritos possam garantir a comercialização, identificando os armazéns, identificando os intervenientes da cadeia de comercialização, por forma que nós como Governo possámos dar o acompamnamento.

No caso das horticolas, temos abastecido não só a Província mas também a cidade do Maputo, e estamos, felizmente, com muita satisfação, a acompanhar o relatório de várias associações que começaram a produção de tomate em 2016 e já conhecem o mercado do Zimpeto, mercado grossista, e estão lá a colocar os seus produtos trazendo grandes rendas para aquelas associações.

Então é com muita satisfação que podemos dizer que estamos a ter avanços, e temos ainda um grande trabalho que é exactamente aumentar os silos e a melhorar os armazéns, mas queremos garantir que as quantidades de produtos que a população conseguiu com muito esforço não possam se deteriorar por falta de mercado por colocar ou por falta de conservação adequada.

 

Quanto ao agro-processamento

Temos já várias moageiras ao longo dos Distritos, mas agora estamos com um plano segundo o qual não deve haver nenhum Distrito em que não há local para poder fazer o processamento do milho. Até 2016 era normal estar no Distrito de Chicualacuála ou Mapai, e a farrinha consumida lá ser do País vizinho Zimbabwe, o que não faz sentido. Por isso que aceleramos a emissão de DUAT’s e facilitamos todo aquele investidor que dissesse que quer colocar alguma unidade de processamento.

Foi se fazendo este trabalho, e até o momento penso que já está construida uma uniddade de processamento em Mapai que vai processar grande quantidade de milho. Para Mandlakaze já operacionalizamos o Centro de Transferência de Tecnologia na Produção do Arroz, que está todos os dia a operar e a tirrar arroz do Regadio do Baixo Limpopo. Temos outras unidades de processamento de arroz que é o caso de CAIC, e várias outras que vão surgindo ao longo do distrito e nas assossiações.

Então, numa primeira linha, todo o nosso arroz está a ser processado aqui. Alguns iam para a Província de Maputo mas não há necessidade. Podem ir por preferência mas o nosso arroz pode ser processado aqui, e é um aspecto importante que nos da satisfação. Por exemplo, no Distrito de Mandlakaze e Xai-Xai, o arroz produzido e processado localmente está mais barato que o arroz importado. Muitas vezes se dizia que o arroz importado é mais barato, mas nós estamos a conseguir vender o arroz produzido e comercializado na Província de Gaza, novo, com maior qualidade, a preço mais baixo do que o arroz importado. É uma grande satisfação. É isso que nós queremos multiplicar.

 

Comercialização da castanha de cajú

Na comercialização da castanha de cajú fora do circuito de controlo do Governo muito valor se perde ou não é registado.

Temos certeza que este valor é bom para as famílias, mas no entanto é preciso que hája controlo. Nós temos que saber quanto é que produzimos e quanto é que isto rendeu. O que vamos fazer ou que estamos a fazer agora é melhorar o sistema de controlo, fazendo com que as autoridades tenham conhecimento.

Temos informação muitas vezes, que a nossa castanha é contabilizada numa outra Província. Durante o percurso até onde se vai exportar passa pelos postos, e aí se regista como se a proveniência fosse aquela Província, quando não é. Daí que os nossos controlos também devem ter essa fiscalização, e é isso que estamos a fazer, reforçar não só os locais, mas também o nivel de controlo para que se possa saber onde se comprou e para onde é que vai. Então temos que melhorar o nosso sistema de comunicação por forma que possámos registar tudo quanto é produzido aqui, e logicamente, também tem impostos que tem que entrar para os nossos cofres, fruto desta produção das nossas populações.

 

Reação dos produtores em relação aos preços praticados em vários produtos

A questão dos preços, sempre vinha se solicitando para que se pudesse vender por um preço mais justo e sustentável.

Passou-se de 10 para 14 meticais o Kilo de arroz. Foi uma grande satisfação para os nossos produtores, e vai aumentar a possibilidade ou a sua capacidade para poder ter mais recursos e investir melhor nesta agricultura.

A comercialização do milho ainda não está muito controlado e o preço também não está muito controlado. O que temos que fazer primeiro é garantir maior produção, diminuindo o défice para que possámos ter controlo sobre ela. Mas neste momento, conseguimos com satisfação melhorar o preço do arroz para os nossos produtores, e isso dá mais motivação.

 

Necessidade alimentar da Província para sua população

Um dos factores para aumentar a produção é exactamente a garantia da acomercialização.

Vimos uma associação que visitamos, com muito tomate podre no campo, e ao perguntarmos, o próximo ano como é que será, a resposta foi que próximo ano haviam de reduzir a produção porque não queriam mais uma vez ter perda, porque aquilo significava dinheiro. Foi quando dissemos aumentem as áreas de produção, como Governo pegaremos meios para que conheçam um mercado e comercializar. O que não vai acontecer é ficarem a espera que alguém vos descubra aqui. Nós também temos que publicitar o que temos, temos que facilitar o acesso, temos que garantir que hája comercialização, estabelecer a ligação com os diferentes intervenientes na comercialização para que o produtor tenha garantia da sua produção fazendo os contractos por lá.

É por isso que agora temos até presenciado assinaturas de contracto de produção, que é para assumirmos o nosso comprometimento como Governo, de tudo fazer para que o indivíduo que quer comprar esteja convicto de que terá produção, e para quem quer produzir estar seguro de que a sua produção será comprada. Estamos a testemunhar a assinatura de contracto e não a assinar. A nossa presença como Governo já mostra o comprometimento de que nós estaremos aqui, prontos para facilitar esta ligação do produtor e do comerciante.

 

Distritos que mais se evidenciam na comercialização do arroz, horticolas e castanha de cajú, tidas como bandeira da Província de Gaza

Os Distritos que mais se evidenciam são Xai-Xai e Chókwè, mas Mandlakaze e Bilene também estão a se evidenciar.

Dissemos agora que todo aquele Distrito que tem possibilidades veremos o que fazer, porque logicamente vai levar muito tempo.

A exemplo de Chicualacuála. Em Chicualacuála ninguem faz arroz, mas aquele solo, pelas características, tem propriedades para produção de arroz.

Pode nunca ter sido feito, mas pode-se fazer, pelo menos para o Distrito de Chicualacuála. Apostamos nisso e deixamos recomendações por forma que todos Distritos possam fazer um pouco de tudo. Especializam-se alguns, mas há uns que realmente devem tocar um pouco de tudo.

Nas nossas culturas de bandeira estes Distritos são os principais, mas todos juntos devem fazer qualquer coisa.

 

Estado das vias para que o produtor e o comerciante alcancem a zona de produção agricola dos camponeses

A coordenação é o primeiro aspecto. A ANE ou a Direcção Provincial de Obras Públicas tem que estar connosco para estabelecer a prioridade das prioridades.

Vou também dar um exemplo concreto. Uma zona de produção diziam que não há condições porque os carros não hão-de entrar, e que o agricultor entra com tractor. Entramos de tractor que é para ir ver como é que estão as vias de acesso, e a partir dali voltamos com uma percepção que nós temos que discutir em conjunto como é que vamos facilitar a vida daquele agricultor que tem todo aquele trabalho em terra para ir até a sua zona de produção. E são zonas férteis, zonas atravessadas pelo rio durante todo ano. Então o nosso dever é esse, colocar à Direcção Provincial das Obras Públicas a responsabilidade de priorizar aquelas zonas porque devem garantir o escoamento da boa produção que tem naqueles campos. E se nós fugirmos o que vai acontecer é não saber qual é a realidade, que dificuldade é que aquele nosso produtor tem. Então, nós temos que garantir o acesso por forma que ele possa ter garantia de que vale a pena ir para lá comprar, porque vai voltar com a sua produção.

 

Quanto a paralização das unidades industriais de processamento de castanha de cajú, com muita castanha a ser vendida por vezes sem nenhum controlo

Nós estamos a trabalhar agora para o Distrito de Mandlakaze, e penso que ainda esta semana (03.05.2017) virá o investidor que quer revitalizar a produção, comercialização e o processamento do cajú. É um projecto numa primeira fase e vai entrar com aquilo que é a compra. O que dissemos é que nós não queremos só compra, queremos também o processamento, e a condição foi também que tivessem áreas para que podessem produzir cajú para garantir alimentar a fábrica, e como Governo foi o que fizemos. Fomos a procura de áreas, flexibilizamos o processo e estamos a trabalhar nisso, por forma tal que tenha os hectares que necessita para produzir, mas enquanto a fábrica não começa a processar a castanha produzida lá, pelo menos que hája uma comercialização controlada.

 

Envolvimento dos produtores na comercialização do seu produto

Um exemplo. Quando apelámos para a comercialização de um produto num complexo acomodado e o produtor diz que não se sente a vontade, o que nós perguntamos é porquê? Se nós não temos capacidade, temos que procurar alguém que tem capacidade, por forma que possa pôr funcional aquela unidade para que tenha o produto que nós precisamos, e possa beneficiar os nossos produtores. Então, o que fazemos agora é estarmos cordenados e identificarms aquilo que é a espectativa do produtor, aquilo que é a frustração do produtor, por forma que possámos encontrar outro mecanismo como Governo procurando parceiros, mudando estratégias, para que possa haver este processamento e comercialização dos nossos produtos.

 

A falta de condições de conservação de produtos não terá a ver com a falta de fábricas de processamento, pequenas unidades de processamento de alguns produtos?

A castanha de cajú felizmente não se estraga mas há necessidade de processamento, e nós temos estado a convidar e acompanhar todo o potencial investidor, mesmo os compradores.

Nós fomos até Mandlakaze para saber quem eram os principais compradores da castanha de cajú, e oferecemos a possibilidade de irem conhecer a unidade de processamento do Chókwè. Então tivemos pelo menos três empresas. Estão a trabalhar com os parceiros que são estrangeiros que é para ver qual é a possibilidade de utilizarem as nossas máquinas e compreender melhor aquela tecnologia.

No tamate também continuamos a procurar um bom parceiro, porque afinal, o tomate tem que ser processado em pasta, e depende muito da qualidade. É preciso primeiro fomentar a qualidade, o que é novidade para nós, e garantir que realmente essa quantidade esteja realmente a ser produzida. Estamos a tentar fazer todo este trabalho incansável de buscar um e outro investidor para que possa apostar na utilização das nossas máquinas de processamento. E também gostava de fazer referência aqui a conservação, que se nós notarmos e concluírmos que não temos capacidade de operar convenientemente naquele complexo, nós temos que fazer realmente é uma parceria e entregar.

Já temos interessados. Por exemplo, ao complexo agro-indústrial de Chókwè temos empresas chinesas que querem investir na agricultura, num grande projecto de Limpopo como dizem, e no entanto, se for para não construirem uma fábrica e utilizarmos uma fábrica que já existe, para nós será melhor. Então, tudo isso temos que analizar com muito cuidado, mas estamos a tentar mesmo que num breve espaço de tempo possámos ter operacional todo aquele investimento, que foi feito para melhorar o processamento dos alimentos.

 

Produtos planificados para a comercialização e quantidades recentes

Neste momento, em termos de excedente vamos comercializar o tomate, pouco acima de 350 toneladas como excedente, e já começou a ser comercializado. No caso do arroz é defice, não tem como comercializar aqui, vamos precisar de mais. No caso de milho, acima de 200 toneladas que temos como excedente para comercialização.

 

Implicações para os produtores pela falta de conservação dos produtos, sobretudo do milho

O que pode acontecer realmente é termos o milho mal conservado, por isso que nós como Governo assumimos responsabilidade de fazer este acompanhamento. Podiamos dizer que isso é responsabilidade do sector privado, etc, mas nós estamos todos coordenados por forma que possamos armazenar em lugares mais seguros. Depois tem a estratégia e conversamos atécom as comunidades a forma como se armazena por exemplo, o milho, pois, o processo de debulhar e conservar de outra forma tambem é uma nova tecnologia que temos que trazer para eles, porque não é o costume, mas estamos a fazer as várias formas.

Para quem vai debulhar, vai conservar nos armazens. Para quem não vai, estamos a maximizar a compra do produto que possa garantir pelo menos, que a produção não seja atacada por insectos e outros organismos que causam prejuizos nas nossas culturas. Mas o que estamos a fazer agora, é trabalhar para rectivar o armazém e alguns silos. Temos alguns silos abandonados porque foram de investidores que não deram explicação.

 

O Governo de Gaza está ciente que tem condições para comercializar todo o excedente dos camponeses

Nós qeremos ter condições para comercializar todo o excedente. Estamos a trabalhar nisso.

Há incentivos. Há fontes que nós temos, olhando para aquilo que é o orçamento do estado e também dos nosso parceiros.

Temos grandes projectos de segurança alimentar e nutricional que o que fizemos foi reprogramar. Pedimos apoio aos financiadores por forma que pudessem autorizar alterarmos aquilo que era a nossa programação ou o nosso plano, e justificamos bem.

Felizmente tivemos o aválo dos financiadores, que aceitaram modificar os nossos planos por forma que possámos melhorar as infra-estruturas para comercialização, por forma que possámos dar algum valor aos nossos camponeses e outros comerciantes para que possam iniciar e garantir essa comercialização.

Então, não foi só do orçamento do Estado, mas tivemos grande apoio dos valores que são financiados pelos nossos parceiros nos vários projectos de segurança alimentar e nutricional. Isto é que dá-nos a garantia ou segurança de que se nós fizermos tudo dentro dos prazos, também respeitar todos os prazos e procedimentos monitorando sempre que possível, por forma que todo esse valor não seja devolvido, e como houve esta lúz de ser aceite a investir noutras formas do nosso plano, então vamos garantir que realmente haja esta facilidade, mas não gostariamos e não queremos que hája alguma produção a anular os esforço dos nossos produtores.

 

Envolvimento de jovens na produção de alimentos na Província

Ainda não é satisfatório, mas termos de trabalhar com os jovens não é facil. É preciso mobilizar, á preciso fazê-los entender.

Vamos dar um exemplo dos campo que entregamos aos jovens. Os jovens foram ao campo de sapato e notebook pensando que é qualquer coisa fácil, e quando notaram que o trabalho de produção começa desde entrar naquela humidade e debaixo do sol, alguns desistiram.

O que nós estamos a fazer é acarinhar aqueles que ficaram, e vamos procurar outras estratégias para trazer aquele jovens que não querem, ou melhor, ainda não estão acostumados. É este nosso foco.

Temos ouvido as próprias direcções provinciais a dizer “tratem os jovens de uma forma especial, eles precisam de ser acarinhados e convencidos, não é uma sensibilização normal”. Então nós vamos continuar, não vamos desistir. Há um e outro jovem bom, são esses que nós temos que levar, e estes que tiverem sucesso nesta campanha vão servir da cara deste projecto. Eles devem falar em primeira vóz para os outros jovens que sim o trabalho é duro, o trabalho não é fácil, mas os benefícios são muito bons.

Vamos continuar a investir não só na produção de alimentos em termos agricolas, mas também na produção de peixe através de tanques piscícolas, através da produção de gado, e também, principalmente, para produção de frango. Queremos investir com seriedade no apoio aos jovens para que eles possam produzir frango. É rápido, em menos de dois meses começam a sentir algum dinheiro que é fruto desta criação.

Então, queremos esta coisa de dar de forma rápida, porque o jovem quer trabalho que tem rendimento de forma rápida. Temos que nos adaptar a dinâmica dos jovens. Nós vamos continuar. Não é fácil mas vamos continuar. Temos fé neles.

 

Referência de jovens que estão a desfrutar de benefícios partindo da agricultura

Temos jovens que dizem que por ano estão a fazer próximo de 2 milhões e meio. Então a gente pega este valor, faz as contas, divide por 12, qual é o salário que ele tem. É através da agricultura. E jovens que não tiveram o emprego depois da formação, voltaram para casa porque já  não deveriam ter hospedagem na residência universitária, descobriram que a agricultura está a dar dinheiro.

Temos referência de mulheres que pelo menos já compraram um carro, já construiram uma casa e até um murro da sua residência, como fruto da agricultura.

Então, eu penso que o que nós temos que fazer é realmente trazer estes jovens para serem eles o testemunho do quão é promissor investir na agricultura.

 

Desafios quanto aos jovens que pensam que a agricultura é apenas para os velhos

Nós temos que apostar na juventude, e vamos dar todo nosso apoio, mas jovens sérios que realmente querem trabalhar.

Como disse, é preciso sensibilizar sim, e sensibilizar de uma forma que eles compreendam.

Vamos investir e nós queremos fazer o acompanhamento. Primeiro seleccionar bem a quem vamos apoiar e fazer todo acompanhamento, e depois no final, comemorar e divulgar o sucesso deste jovem.

Nós queremos diminuir a importação de produtos. Como dissemos, o custo de vida vai diminuir se nós estivermos a produzir. Os membros do Governo próximo ano não vão comprar arroz porque todos eles tem uma área. Produziram arroz, agora está a espigar. Chegado a colheita, cada um vai ter pelo menos mais de 2 toneladas. Ele não precisa de 2 toneladas em casa. Pode comercializar tudo ou pode comercializar o excedente.

Se cada uma das nossas familias fizer isso, ter o arroz para todo o ano, ter o milho para fazer a farinha, ter um tanque piscícola para poder colher o peixe quando precisa, se tiver a sua horta no quintal, concerteza aquilo que vai gastar no seu salário para comprar o alimento vai reduzir muito. Então esta é a aposta. Temos capacidade.

O frango que estamos a consumir de fora, está aprovado que aqui também se sabe fazer, e por isso estamos a apoiar como Governo, e motivar e estimular a construção de um matadouro que é de um privado em Mandlakaze, que está a falar de mais de 10 mil aves.

O que nós vamos fazer é potenciar. Então pouco a pouco, é frango, é peixe, é arroz é farinha produzido aqui. Então é preciso realmente estarmos sempre a fazer este trabalho.

Vamos produzir, vamos produzir é possivel. Temos condições e o Governo está disposto. Com poucos recursos, sim não são suficientes, mas estes recursos devem ser bem aproveitados e vão trazer algum ganho, e este ganho vai trazendo outros ganhos sucessivos.

 

Todos os membros da Governo Provincial tem a sua machamba e já começaram a comercializar os seus excedentes

Todo membro do Governo Provincial tem a sua machamba.

Começámos agora a comercializar os excedentes nesta campanha de arroz.

Foi difícil porque há membros do Governo que nunca haviam posto os pés numa machamba de produção, mas mobilizamos. Reclamaram porque diziam um hectar era muito. Ok, os menos trabalhadores na agraicultura ficaram com meio hectar, mas todos eles tem as suas áreas e este ano vão produzir.

O que nós dissemos é, se nós temos o dever de mobilizar as populações, porque não é só trabalho da Direcção da Provincial de Agricultura ou Indústria e Comércio, então como mobilizar se nós mesmos não fazemos. É preciso dar exemplo, conhecer e falar com conhecimento de causa.

Conseguimos. Temos também nos Distritos administradores que pegaram os funcionários e foram abrir campos de produção, pomar de cajual, que é exactamente para fazermos este movimento que Sua Excelência Presidente Filipe Jacinto Nyusi tem feito, mobilizando, apelando. Então todos nós vamos produzir, e concerteza, este movimento pode ter esse fruto que todos nós desejamos, produzirmos para nós mesmos.

 

A termos este envolvimento de todos, acreditamos que teremos muito excedente por comercializar

Queremos ter e vamos trabalhar para isso, e quando chegar o excedente, também deveremos trabalhar para comercializar esse excedente e não se perder.

O que nós não podemos fazer, é nos limitarmos, pensarmos que não vamos produzir porque se tivermos excedente não conseguiremos comercializar.

O mais importante é estar consciente de que os problemas hão-de vir. Temos que estar preparados para o resolver.

Estes problemas são desafios, e como são desafios, não vem sem grande sacrifício ou muito trabalho. O que nós temos que fazer com tudo isso, é estarmos convictos de que vamos lutar para superar esses desafios, e não recuarmos com medo dos desafios que vem a posterior.

 

O desafio é esse. Também trabalhar para que o feijão não possa ser um feijão importado. Para que possamos aumentar a comercalização, convidamos a todos para abraçar esta causa de produzir, e produzir muito mais.

Não faz sentido hoje, por exemplo, feijão manteiga vir de fora.

Perguntamos porquê? Porque nunca fizemos. Não faz sentido que o amendoim todas as mamãs, todas as vovós tem no seu quintal, mas não aumentam os campos. Quando querem amendoim deve vir de um outro local de fora.

Então vamos produzir, vamos ver o quão será bom conseguirmos produzir e alimentar o mercado, baixando o custo dos alimentos, e consequentemente o custo de vida.

 

Perca pela Província do estatuto de celeiro da nação a partir de Chókwè.

Eu penso que foi a muito tempo. Penso que as campanahas dos anos 70 é que foram uma das maiores e depois, com a guerra, tudo aquilo contribuiu para que acontecesse o que aconteceu. Então a nossa missão agora é resuscitar, resgatar esse estatuto de celeiro da nação.

Fizemos o compromisso o ano passado (2016) na passagem de 30 anos de ausência física do saudoso presidente Samora Machel, e nos comprometemos que tudo faremos. Então esta é a repsonsabildade que nós temos, de que quando começarmos a ser o celeiro do Distrito, depois o celeiro da Província, conseguir ter auto suficiência na produção do arroz, depois vamos para o País, do País para o mundo.

Esta é a nossa meta. Vamos tentar, se vamos conseguir não sabemos mas queremos conseguir fazer isso.